Essa é a proposta da instituição Aldeias Infantis SOS, que mantém 14 condomínios espalhados pelo Brasil. Cada um é formado por nove a 12 casas-lares, onde uma mãe social é responsável pela criação de um grupo de crianças (uma média de nove, com idades diferentes).
Essa mãe social é uma profissional que passa por um processo de formação e capacitação durante dois anos, intercalando períodos teóricos e práticos. Segundo Carlos Alberto Esch, diretor da unidade Rio Bonito, em São Paulo, a mãe social tem um plano de carreira, recebendo inicialmente R$ 442 e chegando a R$ 965, depois que o curso de preparação é finalizado. Além dessa formação inicial, as mães também passar por reciclagens freqüentes.
As aldeias são organizadas dentro de condomínios fechados. Cada mãe é responsável por uma casa e precisa definir, além do orçamento mensal, todas as questões que envolvem seus filhos: educação, lazer, saúde etc.
Além de ter um vínculo profissional, as mulheres acabam criando vínculos emocionais, já que tratam as crianças e adolescentes como se fossem seus próprios filhos. Mesmo que as crianças tenham pai ou mãe biológicos, a prioridade é da mãe social em qualquer decisão, já que elas estão sob a sua custódia. Como em qualquer outro emprego, as mães sociais têm registro em carteira profissional, com direito a férias. Neste caso, elas podem viajar para fora do condomínio, optando por levar ou não os "seus filhos".
Segundo a associação, para se tornar uma mãe social é preciso preencher os seguintes requisitos: "ter mais de 25 anos, ter concluído o ensino médio, ser solteira, viúva ou divorciada, querer ser mãe, gostar de ser dona de casa e ter disponibilidade para se dedicar em tempo integral às crianças, além de ter características de liderança e ser uma pessoa afetiva e estruturada emocionalmente".
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