terça-feira, 3 de junho de 2008

Gravidez tardia


Formação universitária, carreira profissional e estabilização financeira são alguns dos motivos que levam as mulheres a adiar a gravidez, atualmente.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, o número de mulheres com 40 anos, ou mais, fazendo reprodução assistida no Brasil, dobrou nos últimos 10 anos, passando de 7% em 1990, para 14% em 2002. Este tipo de reprodução caracteriza-se pela utilização de algum método que não seja o natural para engravidar.

O principal problema da gravidez tardia é que as mulheres não produzem óvulos como os homens produzem espermatozóides. Elas já nascem com os óvulos que vão usar durante toda a vida. Após os 35 anos, as chances de gravidez começam a diminuir por causa da redução e do envelhecimento dos óvulos.
Além disso, a ginecologista do Ambulatório de Climatério da Unifesp, Carolina Carvalho, explica que alguns problemas como hipertensão, placenta fora do lugar adequado, dificuldade no controle do peso e diabetes também tendem a ser mais freqüentes em uma gravidez após os 35 anos. Para o feto, os riscos de má formação devido às anomalias cromossômicas são mais elevados que em uma gravidez normal.
No entanto, a especialista diz que é possível ter uma gestação sem riscos nessa faixa etária. "Hoje em dia, a medicina dispõe de muitos métodos para que a mulher que decidiu ter filhos mais tarde possa ter uma gravidez tranqüila".
Para o bom andamento da gravidez de uma mãe com mais de 35 anos, basta fazer um pré-natal de forma mais detalhada (com exames específicos para verificar os cromossomos, por exemplo) e um acompanhamento médico mais freqüente. Exercícios e uma dieta adequada também são fundamentais, segundo Carolina.
A ginecologista afirma que não existe nenhuma vantagem física em ser mãe mais tarde. Porém, acredita que haja outros tipos de benefícios. "A mulher está mais preparada para a chegada do bebê. Não só psicologicamente, mas também no ponto de vista profissional e financeiro".

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